quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O MOMENTO E A ATITUDE

De todos os lados, e, a todo o instante, os “media” estão a transmitir-nos (massacrar-nos?) com mensagens, que apontam para o grave momento económico, por que passa o país, e as suas previsíveis consequências negativas, a todos os níveis, que, para muitos, atingirão, mesmo, as suas necessidades mais básicas.
As pessoas, naturalmente, começam a ter muito medo, que é o sentimento pior, que pode afectar-nos, por que é ele a causa de todas as demais emoções negativas.
Que fazer? – Perguntamo-nos.
As respostas, ou pretensas soluções, umas mais sábias, que outras, mas, aparentemente, todas plenas de convicção, estão, não só na boca dos políticos, mas, ainda, na de qualquer cidadão, em simples conversa de café, ou de amigos, sem que, à partida, se possa afirmar que a manifestada pelo cidadão anónimo não é mais sensata, do que a proferida por pessoas com responsabilidades de chefia e orientação. 
A verdade é que, diríamos, geneticamente, todo o português se sente habilitado a dar  palpites, quando as coisas correm mal, e, tal, como no futebol, as soluções propostas variam, desde a substituição do treinador, à mudança de estratégia, desde a alteração de táctica, ao drástico sacrifício de  jogadores…
Como não podia deixar de ser, também, na “Partilha das Quintas”, (pomposamente, designada por tertúlia, que a Universidade Sénior de Valpaços (Rutis) organiza às quintas-feiras, para que os seus intervenientes tenham ocasião de expor, livremente, partilhando, sem quaisquer censuras, o seu ponto de vista, sobre um dos temas, semanalmente, agendados pelos seus moderadores, que são signatário, o Prof. Jeremias e o Dr. Agostinho) as causas da crise e receitas para dela sair, têm sido abordadas, sistematicamente, como se, fôssemos, inconscientemente, arrastados para a sua discussão, mesmo a despropósito do tópico principal.
As opiniões divergem, naturalmente.
Como, popularmente, dizemos: cada cabeça, sua sentença.
Contudo, há dois aspectos, nessas “discussões”, sobre os quais, gostaria de colher o Vosso pensamento.
Um deles, tem a ver com o facto de, nunca, nenhum de nós, se sentir co-responsabilizado pelo que está a acontecer. A culpa está, sempre, além!
Outro, releva da circunstância de entendermos que qualquer solução tem de vir do exterior, já formatada e pronta a ser aplicada, sem qualquer esforço da nossa parte.
Ora, pensei eu, porventura, mal, que, se, em vez de culparmos terceiros, fizéssemos, antes uma auto-análise, uma auto-crítica, nos virássemos para o nosso interior, e nos interrogássemos, sériamente, em que é que o nosso comportamento tem contribuído para o actual estado de coisas, talvez, descobríssemos, sem grande esforço, mas, com algum espanto, que, afinal, e, para dar alguns poucos exemplos, desde o consumismo desregrado, ao voto, mal orientado, passando pelo afrouxamento de valores nas nossas relações sociais, familiares, profissionais e pessoais, fomos verdadeiros actores e fautores do que, hoje, lamentamos.
Por outro lado, o exercício, acima proposto, implicando humildade, contém, em si mesmo, a resposta à segunda questão, deixada em aberto; ou seja, posso eu, que, nada dirijo e nada possuo, contribuir para alterar o “panorama” angustiante, que nos sufoca?
A resposta vem de uma mulher simples, a Madre Teresa, que, num dos países, onde os índices de pobreza são chocantes (a Índia), quando perguntada se valia a pena o seu trabalho, perante, tanta miséria, num país de um bilião de pessoas, ela respondeu, sensívelmente, desta forma: “eu sei que não posso salvar o mundo, mas, já me sentirei feliz se puder influenciar, positivamente, os que estão próximos de mim”.
Essa é, julgo eu, a sábia orientação: deixemos de nos lamentar, metamos a mão na consciência e vamos ao trabalho de ajudar, no que soubermos, e pudermos, por mais insignificante, que nos pareça, começando pelos familiares directos, pelas comunidades, mais próximas, com a certeza de que, deste modo, estamos a contribuir  para o aparecimento da “massa crítica”, que provocará a mudança de mentalidades, que é, verdadeiramente, o cerne da questão.
Estarei errado? Aguardo, sinceramente, os vossos comentários, com o tal espírito..
Com amizade,
Tété Pereira

7 comentários:

  1. “Os momentos e a atitude”

    A “PRIMEIRA CIMEIRA” ( a moda arrasta-nos para novos tiques, vanguardistas e solenes ) de OUTONO, da BLOGOSFERA NORMANDO – TAMEGANA realizou-se num Condado de Boa Pinga, Bom Azeite, Boa Castanha e BOA GENTE.
    Claro que para dificultar as manobras de qualquer «husseinismo» BINário, SADÂMico ou OBAMAnato, o percurso desde as duas principais entradas fronteiriças até ao centro de Reuniões, conta com 5432 curvas mal contadas, pois à milésima-duocentésima-trigésima –segunda o adversário já não sabe a quantas anda ou ao que vai.
    Assim, os «ENCONTROS Bi-Tri-Pluri-frontais-laterais» Bloguínios puderam acontecer com perfeito descanso.
    O astro-rei, com receio de ficar envergonhado, por não ter recebido convite protocolar, decidiu aparecer com todo o seu brilho e tratar toda a «compinchada» Bloguínia como seus príncipes.
    Estávamos dentro de uma Adega de Sonim quando esse rei - SOL - se «pisgou», e, assim, não foi possível mandar-lhe uma canelada para que aprendesse a fazer esse dia 20 com (pelo menos!) 200 horas!
    Durante a viagem do nosso regresso entendemos essa saída tão cedo - o SOL ficou borracho: abriu torneiras grossas e torneiras finas lá do céu; escancarava e fechava, nuns repentes, comportas das barragens que controla lá em cima; e atirava-nos com cadeiras , cadeirões e bancos de nevoeiro, até ao momento de lhe fecharmos, na cara, a porta de casa.
    Hoje madrugou de mansinho, com ares domingueiros, e fazendo há-de conta que nem se lembrava do dia e da noite de véspera.
    Ora isto é para vós verdes, leitores generosos e pacientes, como desponta a imaginação no coração onde ontem, alguns de vós, semearam grãozinhos de atenções, regalos, fartanças, simpatias, conhecimento, e plantaram um bonsai transmontano.
    Assim, logo começámos a santificação deste domingo visitando os Blogues de quem por aí nos acompanhou ….e apaparicou.
    Sendo este o mais recém-descoberto ( claro que com a ajuda do vosso “AhmadO Ibn Tété Madjib Pereira), escolhemo-lo para nele deixarmos registado o nosso AGRADECIMENTO pelo surpreendente e gracioso Dia que os VALPACENCES nos ofereceram.
    Pudéssemos nós estarmos presente nessa vossa próxima reunião tertuliana e o tema que proporíamos para discurso seria «A Fenomenologia do Reconhecimento».
    Os dois Post(ai)s aqui já inscritos são um convite para, até estranhos, vos irem escutar.
    Permitam-nos duas relevâncias que, por baterem tão certinho com os nossos conceitos de Vida, nos deixam empolgado e ao vosso lado:

    1- “………….para que os seus intervenientes tenham ocasião de expor, LIVREMENTE, partilhando, SEM QUAISQUER CENSURAS, o seu ponto de vista, sobre um dos temas…..”
    2- “…………exemplos, desde o consumismo desregrado, AO VOTO, MAL ORIENTADO, passando pelo AFROUXAMENTO DE VALORES NAS NOSSAS RELAÇÕES sociais, familiares, profissionais e pessoais, fomos verdadeiros actores e fautores do que, hoje, lamentamos”.
    E os dois comentários (de 12 e 13 de Novembro) de dois distintos Transmontanos são reveladores da atenção que este Blogue despertou logo, logo, ao seu primeiro sinal de vida.
    Nós já não o largaremos de mão - está ali «escarrapachadinho » na montra dos nossos “FAVORITOS”.
    E, se não levarem a mal, na caixinha dos Comentários, lá teremos, uma vez por outra, o atrevimento de «meter o bedelho» nos vossos Temas.
    Deixai que ao Agradecimento manifestado acrescentemos as nossas Felicitações pela criação deste Blogue e, muito especialmente, pelo espírito de HUMANIDADE que o anima.


    Luís Fernandes

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  2. Como uma das “partilhantes” que, religiosamente, assiste a uma salutar partilha de ideias, todas as quintas feiras, não poderia deixar de expressar o meu contentamento pelo prolongar desta iniciativa através do recém criado blog. Todavia, sublinho que, o que suscitou, eu diria mesmo, aguçou a minha vontade de comentar, neste contexto, foi a brilhante intervenção do Dr. Tété Pereira intitulada “O Momento e a Atitude”. Aquele, como já nos vem habituando, não poderia ser mais oportuno no que concerne ao conteúdo da sua intervenção e, como sempre, coloca o dedo na ferida, alertando para a imperiosa necessidade de tomarmos consciência das nossas próprias limitações. O ser humano comum tem intrínseco este alheamento e ausência de auto-crítica sendo sempre mais cómodo imputar responsabilidades a outrem do que a ele próprio.
    Atendendo à actual conjuntura, recuso-me a aceitar que os portugueses são menos capazes que os nossos congéneres europeus. Mas a realidade estatística confirma o atraso na maioria daqueles que são os critérios de avaliação do índice de desenvolvimento. Não me conformo com a habitual desculpa de que a nossa posição geoestratégica, dita de periférica, é a causa maior para todo este atraso estrutural. Considero mesmo falacioso este argumento, uma vez que, ao invés, a nossa sobranceria atlântica poderá ser mesmo uma vantagem a potenciar. A prová-lo está a memória guardada pelos manuais da história daquele que foi o período de ouro deste povo, que ousou, pela mão da ínclita geração, olhar o mar não como barreira, mas como um canal privilegiado de aproximação entre povos, culturas e economias.
    Como inconformada que sou, também não posso aceitar as desculpas deterministas de que nós somos assim, sempre fomos assim, e, como latinos que somos, sempre seremos assim. Não são os espanhóis, os franceses e os italianos igualmente latinos? E não fomos nós que dissemos à velha Europa que havia mais mundo para além da Taprobana?
    Muitas e variadas são as desculpas que rapidamente encontramos para formar um rol de lamúrias que nos desresponsabilizem pela situação que vivemos. Mas, como diz o ditado, "as desculpas não pagam dívidas"...
    Considero que é precisamente esta mentalidade que imana da figura do "Velho do Restelo" que urge alterar. Esta mentalidade do "coitadinho", da desculpabilização, da vitimização permanente, da permissividade, do "choradinho". Uma mentalidade que, essa sim, nos distingue de muitos dos povos europeus e que considero causa fundamental do atraso estrutural que vivemos.
    É, por isso, que acredito que ainda falta promover a mais importante das revoluções, tal como, em jeito de conclusão, também o Dr. Tété Pereira tão sabiamente identificou: a revolução das mentalidades, aliás, temática cujo mote para futura partilha já foi laçada em demais partilhas. Promover a revolução de mentalidades dos quadros políticos; dos agentes sociais e da sociedade em geral, segundo uma matriz de valores, princípios e objectivos, numa lógica presidida pela ética, e numa acção encabeçada pelas múltiplas formas de educação formal e informal, afigura-se como o derradeiro desafio capaz de transfigurar a nossa sociedade e de a catapultar para os patamares de desenvolvimento ambicionados pela sociedade do século XXI.
    Bem haja a “Partilha das Quintas”, talvez com mais partilhas pudéssemos encetar esforços concertados na mudança do que, de facto, é mais premente: MENTALIDADES.

    Letícia Pinto

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  3. Meu Caro Luís:

    Belo comentário, onde a prosa poética (gostei, francamente) serve, com eficácia, o sentimento nobre da gratidão. Este blog surgiu, precisamente, para que, almas como a sua, comunguem, à distância, (embora, infelizmente, não em tempo real) do que vamos “partilhando”, na Sénior de Valpaços, sob a simbólica rubrica, que dá nome ao “blog”. Os comentários dos partilhantes “bloguistas”, como será o seu caso, na medida, em que representam uma partilha de alma (que, simbolicamente, é a quinta de cada um), em vez de empobrecerem o “doador”, pelo contrário, paradoxalmente, a este oferecem um retorno, ou enriquecimento espiritual, altamente gratificante (e, ao menos, para já, não sujeito a imposto).

    Vi que a sua viagem de regresso foi conturbada; talvez que, em vez de Zeus, devesse ter censurado Baco pelos transtornos da jornada (confusões que, por vezes, este deus menor, provoca)...felizmente que o "day after" repôs justiça nas coisas, até por que, o néctar de Sonim, pela sua pureza, pode não curar o cancro (como asseverou o dono de uma das visitadas adegas) mas, que não causa ressaca, nem azia…lá, isso, é verdade!... e, sobretudo, merece perdão pelo seu forte contributo por ter posto na nossa órbita pessoas, como Vós, que, de outro modo, nunca encontraríamos.

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  4. À medida que vamos caminhando neste nosso processo de vida, vamos crescendo e desenvolvendo as nossas competências pessoais e profissionais, com base em referências sociais que interferem directamente no nosso intelecto.
    Ora, na contemporaneidade dos nossos dias, olhamos à nossa volta e o que observamos?
    O que sentimos, e de que forma absorvemos a informação que nos é transmitida?
    A resposta é muito simples. Assistimos “impotentes” a uma sociedade corrupta, com valores cada vez mais questionáveis, e onde a regra e as referências básicas e estruturantes de outros tempos são raras ou quase inexistentes.

    Impotentes porquê?
    Habituados que estamos a absorver informação, na qual os prevaricadores não são penalizados nem julgados pelos actos que cometem; onde ser “compadre” ou “chico esperto” é sinónimo de promoção na carreira; onde aqueles que lutam para melhorar a condição humana são humilhados e enxotados a um canto; onde os que trabalham e produzem vêm os “malandros” viver às suas custas e sem grandes preocupações …etc, etc.… que fazer?
    Nada. Nada fazemos porque o sábio tempo, nos foi transmitindo a ideia que os valores sociais estão tão invertidos, que só poderemos ser penalizados.
    Assim a nossa passividade foi consentindo a atual condição social. No entanto, a nossa ação não tem necessariamente que ser sinónimo de revolução. Basta agir em sentindo contrário, olhando a história e interpretando a informação de forma antagónica. Sempre acreditei que o conformismo é uma arma que conspira contra nós. Foi sempre em situações críticas que muitos cidadãos livres, no verdadeiro sentido da palavra, lutaram, sofreram, inclusive perdem a vida, mas, são hoje recordados pelos feitos heróicos de outrora.
    A nossa sociedade está carente de “massa crítica” e o povo português demasiado conformado e resignado. Tenho plena consciência que não é fácil “remar contra a maré”, no entanto, são sábias orientações, como a que aqui é exposta em citação da Madre Teresa de Calcutá, que nos vão fazendo acreditar que vale a pena assumirmos determinadas posições contracorrente, quando delas depende a nossa serenidade e impunidade intelectual, não aceitando tudo que nos impõem de forma leviana.
    Pergunto-me no entanto, quantas gerações serão necessárias para voltarmos a adotar valores adormecidos e essenciais à nossa condição humana. Aí, tenho sérias dúvidas, se a geração dita “Rasca”, terá força e competência suficiente para o fazer.
    Sabemos que recebemos e geramos influências sobre os que nos rodeiam, e sem dúvida, se dermos o nosso contributo firme e construtivo, por mais insignificante que seja, poderemos gerar força suficiente, capaz de desvanecer a putrefação do ser humano.
    São já muitos os sinais que, pelo mundo, vão mostrando uma reação de inconformismo face à atual conjuntura social e económica, usando a internet como a mais eficiente arma de difusão noticiosa e de indignação ou de mobilização dos mais inconformados.
    (CONTINUA...)

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  5. (...CONTINUAÇÃO)
    Julian Assange, fundador do WikiLeaks, e os seus seguidores, assumiram uma atitude de grande coragem, ao revelar segredos da espionagem e corrupção a nível global, e, muito recentemente, informações de contas milionárias em offshores, despertando uma reação mundial de oposição ao atual estado das nações.
    Na Tunísia, um jovem desempregado de 26 anos, Mohamed Bouazzi, faz do próprio corpo uma tocha humana, em protesto contra o desemprego no país, provocando a sua própria morte. Este ato radical de protesto, acorda a população contra o governo do presidente Zine El-Abidine Ben Ali. Um movimento germinado através de Blogues e da rede social Facebook, denunciou atos de corrupção e repressão, gerando a indignação que provocou a queda do regime vigente. Países vizinhos, questionam a possibilidade de estas ações se alastrarem, temendo-se idênticas manifestações.

    Segundo as profecias Maias, que tinham um calendário mais preciso, complexo e holístico que o nosso, previram-se vários acontecimentos que entretanto sucederam. Este calendário Maia prevê que algo de muito grave se passará no solstício de Inverno, a 21 de Dezembro, de 2012. Esse acontecimento prevê-se tão grave, que o mundo tal como o conhecemos desaparecerá. Não significa que o mundo acabará, mas simplesmente, que um grande acontecimento transformará o mundo.
    São muitas e variadas as previsões coincidentes, que assinalam esta data como a grande transformação mundial, sendo a Maia a mais relevante.

    Se admitimos serem ou não verdadeiros estes estudos e profecias, não está em causa. O que está em causa, é que uma renovação terá que ocorrer, sob pena, que o mundo atingirá um limite extremo de sobrevivência.
    Se essa mudança será provocada pelo homem ou por um fenómeno natural necessário, não sei, mas, nesta minha ignorância, sinto necessidade em acreditar que algo advirá, para manter viva a convicção que novas mentalidades jubilarão este mundo, desipotecando o futuro dos nossos filhos e netos.

    Bruno Salvador

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  6. Estou de acordo, Bruno!
    Não sei se será em 2012, se noutro ano qualquer, mas que o ser humano tem de mudar radicalmente, a bem, ou a mal,lá, isso, tem.
    Se já há sinais dessa mudança?
    Acredito ver, tais sinais, naqueles, já muitos, que apelam, para a grandeza do ser humano, capaz de se libertar das teias culturais, que o aprisionam a um mundo herdado,que lhe disseram ser a verdade.
    Quando acreditarmos que temos em nós a mesma energia da Força Cósmica, a que pertencemos, nada, que queira diminuir-nos, física, ou psíquicamente, nos poderá afectar.
    A "massa crítica" está atingir o seu limiar e, neste sentido, vale a pena ter esperança.
    Um abraço
    Tété Pereira

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  7. Letícia:
    Por que não sou um assíduo leitor de blogs, (a justificar o atraso no meu comentário) aproveito o "descanso",a que este belo dia de neve me forçou, para visitar o nosso (perdoe-se-me o ego)da partilha das quintas.
    Para sublinhar, o que você disse, e que constitui um tema recorrente nas nossas tertúlias: não há teorias, não há programas, não há projectos sustentáveis para o nosso país, sem que haja mudança de mentalidades.
    Como foi por si referenciado, aquando da sua lúcida monitorização do tema numa das "partilhas", a questão é definir um padrão consensual sobre os valores, que devem integrar a mentalidade, para que queremos que a, actualmente vigente, mude; na verdade, cada um de nós, julga-se, com frequência, o detentor de todos os valores, aos quais todos os outros têm de aderir.
    No entanto, apesar da filosofia relativista e positivista, sobre o assunto, eu acredito que valores, tais como:
    1. O trabalho, como fonte privilegiada, para o sucesso.
    2. A competência, como único critério para a promoção.
    3. A solidariedade como instância máxima no relacionamento com o outro.
    4. O respeito e aceitação das diferenças como conduta convivencial.
    5. A humildade, como forma de actuação
    6. O crescimento pessoal, para uma consciência mais alargada, como objectivo último,

    são, para não os esgotar,inerentes ao melhor de nós,e que,por isso,reivindico para o contéudo ou padrão da nova mentalidade; acontecendo, isso, tudo o resto viria por acréscimo, acho eu.
    Beijinhos
    Tété Pereira

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